Há uns anos atrás, quando um empresário com algum sucesso e muita vaidade, um dandy com aspirações a político ou um empreiteiro endinheirado pretendia aparecer e dar-se a conhecer à escala nacional, pagava umas páginas nas revistas do social para ser entrevistado.
Na primeira década do século XXI, algumas revistas da especialidade também passaram a fazer esse trabalho promocional. Foi assim que Zeinal Bava, aquele que agora tem larguíssimas falhas de memória, chegou a ser um dos melhores gestores do velho continente.
Neste início da segunda década do século XXI, este desejo de promoção social chegou ao poder autárquico, que passou a promover-se nas televisões de âmbito nacional, que cobram bem pelo serviço prestado.
Esta atração por aparecer nos média é paga com dinheiros públicos com o pretexto da promoção do território.
Nesta situação há uma espécie de dois em um: à boleia da promoção do território, promove-se inevitavelmente a imagem do autarca-mor, mesmo que o que há para mostrar seja o elogio do efémero.