Nos fins de Março de 1946, Belisário Pimenta foi à oficina de Costa Mota (Sobrinho), em Lisboa.
A seguir, deixou o diário em silêncio durante mês e meio. Regressou para tomar nota de um ofício dirigido à Revista Militar. Também analisou as comemorações do vigésimo aniversário da «Revolução Nacional» de 28 de Maio.
No banquete, em Braga, distinguiu o discurso exaltado do ministro Santos Costa, que se tornara um «orador de mão-cheia», na opinião abespinhada de Belisário Pimenta. «Quem havia de dizer», ruminou Belisário Pimenta, «quando foi meu alferes, há vinte e tantos anos, sempre trombudo, mal-humorado, malcriado e pouco disciplinado! Era o génio a borbulhar …»