Foi a rainha da noite, a princesa do circo. Mesmo em eleições de proximidade, que deviam mobilizar mais os eleitores, situa-se em patamares altos. Dos mais elevados. Inexplicável? Talvez sim, talvez não.
Mas logo vieram os cumprimentos da praxe, a leitura dos resultados, os discursos das vitórias, dos números de eleitos, das freguesias e câmaras ganhas, dos bastiões caídos e das capitais de distrito ganhas. Numa frase, voltou-se ao mesmo.
Trate-se da vidinha, dos lugares, das coligações, dos acordos, enquanto se adia a noite das facas longas. E daqui a 2 anos, sob o mesmo cenário, voltarão os políticos, com ar abatido, a falar da abstenção. Como a abstenção não vota nem dá votos, é certo que pouco importa para o debate, no intervalo entre eleições.
Perde a democracia, ganham os que a querem anémica.