A Itália organiza-se para aplicar a bazuca europeia
Por cá, ainda se sabe pouco sobre como vai ser aplicado o dinheiro europeu, quem vai liderar a sua aplicação: apenas políticos ou políticos com a ajuda de técnicos reputados? Quem fiscalizará a aplicação desse dinheiro? Quais as prioridades de investimento? Hospitais, escolas, ferrovia... pequena economia e comércio, atração de pessoas para o interior com projectos de vida exequíveis?
Se a saúde aposta cada vez mais numa vacinação em massa para atingir a imunidade de grupo, a economia carece, como nunca, da prometida bazuca financeira.
O regresso “à antiga e boa normalidade” depende do sucesso conjugado destes dois fatores. Antevendo, com antecedência, a importância da bazuca europeia na recuperação económica, a Itália organizou-se politicamente com antecedência.
O Presidente Sergio Mattarella convidou Mário Draghi, recém-saído do Banco Central Europeu, para formar governo. Contra os populismos que teimavam em romper, o Presidente Mattarella contrapõe o rigor, a competência e o prestígio nacional, europeu e mundial de Draghi.
A Itália tem plena consciência de que os fundos provenientes da bazuca têm de ser bem aplicados, pois, trata-se de uma oportunidade única para relançar o desenvolvimento económico italiano.
Por cá, ainda se sabe pouco sobre como vai ser aplicado o dinheiro europeu, quem vai liderar a sua aplicação: apenas políticos ou políticos com a ajuda de técnicos reputados? Quem fiscalizará a aplicação desse dinheiro? Quais as prioridades de investimento? Hospitais, escolas, ferrovia… pequena economia e comércio, atração de pessoas para o interior com projectos de vida exequíveis?
É toda uma série de incertezas que importa clarificar, tal como a Itália percebeu antecipadamente, era bom que o Presidente da República e o Governo percebessem que esta bazuca é uma derradeira oportunidade para encurtarmos a distância para os países europeus mais desenvolvidos.