A Câmara Municipal de Viseu apresentou as contas de 2019, revelando que despendeu em apoios sociais 18,5 milhões de euros.
Um número preocupante e muito elevado, num ano em que não houve sobressaltos de maior.
De um modo geral, podemos dizer que a autarquia gastou quase um 1/4 do seu orçamento em apoios sociais em 2019. Este número necessita de escrutínio público e de maior detalhe para o conseguirmos compreender melhor. Um recurso tão elevado em apoios sociais representa um retrocesso no desenvolvimento da economia local, revelando fragilidades sociais resultantes de desemprego, doença, precaridade laboral, baixas reformas, imigrantes de diferentes proveniências que por aqui se fixaram e viram extinto o seu posto de trabalho. Em comum têm o facto de não terem o suficiente para fazer face às suas necessidades mais básicas.
Quando os apoios sociais sobem exponencialmente, significa que não estamos a ter capacidade de atração de investimento. Essa é uma responsabilidade autárquica, que precisa urgentemente de rever a sua estratégia de governação assente em eventos, mas também do governo, mostrando que o Interior precisa de um multivitamínico de investimento, de fortes incentivos fiscais e de apoio ao emprego sob pena de ficar ainda mais pobre à medida que a pandemia for aligeirando e se forem revelando os problemas económicos e sociais.
Se foi assim em 2019 como será em 2020?