Até parece que a Câmara Municipal de Viseu é sócia de uma qualquer empresa de outdoors, publicidade e marketing. Mas claro que não é.
Por toda a parte “nascem” enormes placards e outdoors avisando os munícipes de que “aqui vai nascer…”
E nós, crédulos e bem-intencionados, acreditamos piamente. Até e porque nunca tais cartazes referem um dado essencial: QUANDO.
E quando não vai nascer, “estamos a melhorar…”. Mas com muita discrição, pois ninguém vê onde.
Ou então “vamos melhorar e alargar…”. Porém, a invisibilidade continua a ocultar, com seu cortinado pesado, a obra em promessa.
Três ou quatro imagens são suficientes, para um domingo de manhã. Muitas mais se poderiam captar desta “cidade-smart-maternidade”, onde tudo vai nascendo em promessas, mas onde os partos estão, a cada dia que passa, muito mais difíceis.
No caso da Vissaium XXI, o tal centro de incubação tecnológica… só precisa mesmo é dos 4.9 milhões de euros, pois a placa do construtor até já lá esta “prantada”. E ao que parece, precisa ainda de novos “players”, pois alguns dos “fundadores” já estão de abalada…
De verdade, descobrimos uma obra concretizada (pensamos nós…): uma sala de leitura na Biblioteca Municipal, por 300 mil euros. Obra decerto prioritária, pois os milhares de leitores já não cabiam nas existentes…
É bom, viver em Viseu. Pelo menos é o que devem pensar os empreiteiros que aqui acorrem como “cães ao osso”…
Almeida Henriques inventou uma nova era urbana de gestão de expectativas. E é bom nisso. Bom nas promessas. Péssimo na sua concretização. Enquanto isso, os viseenses vão acreditando nestas “patranhas”. Até quando?
Paulo Neto