Os candidatos às autárquicas, no distrito, em geral, e em Viseu, em particular, a menos de dois meses das eleições, parecem viver uma paz podre, uma tranquilidade que só o é aparentemente, onde a indiferença é apenas um mero verniz a recobrir o nervoso “piaffer” em curso.
Os partidos, perante o alheamento dos cada vez mais afastados eleitores (de quem será a culpa?) andam esforçados no terreno em busca de candidatos. O que nem sempre é fácil, pois candidatos às mãos cheias só aparecem para lutar pela vitória. Quando é para “encher chouriços” não estão para aí virados. Talvez por isso haja concelhos ainda sem cabeças de lista para as respectivas câmaras, assembleias municipais e juntas de freguesia. Em geral, onde o candidato no poder tem inquestionável obra feita e é suficientemente “forte” para dissuadir antagonistas. Mesmo em Viseu, há partidos que apenas intentam concorrer a meia dúzia das 25 freguesias do concelho, apostando nas mais populosas e descartando as outras, nelas não gastando energias e recursos, por vezes bem parcos.
Chega o mês de Agosto daqui a menos de uma semana. Por tradição, o mês de férias, o período da ausência e o ponto alto da “silly season”.
Adivinha-se um Setembro para gastar todas as munições para além daquelas de pólvora seca, pífias, de um candidato que diz andar pela cidade sem GPS, numa piada chocarreira, à qual os outros candidatos, se fossem de igual nível, poderiam responder que também andam… mas sem bengala de amparo para tactear, trôpegos, o chão que pisam.