A CMV mais a AIRV e o CERV são os detentores da Viseu Marca.
No seu “site” assim se caracterizam:
A Viseu Marca é a associação de marketing territorial e de branding de Viseu. Uma nova associação, criada em 2016, que nasce para promover a marca da cidade, os nossos talentos, grandes acontecimentos e realizações. Somos uma plataforma de ideias e de criatividade que assenta numa estrutura de programação de eventos com potencial turístico e impacto comunitário.
Trabalhamos todos os dias a pensar em quem passa pela cidade de Viriato: nos que vivem e trabalham cá, naqueles que nos visitam e nas empresas e pessoas que querem investir na nossa cidade-região.
Na Viseu Marca temos uma missão – levar Viseu a todos os cantos do país e até mesmo além-fronteiras. Fazer com que todos os portugueses conheçam a cidade-jardim e a sua identidade. As suas tradições e costumes. Tudo o que sabemos fazer bem.
Queremos trazer os de fora e potencializar Viseu como um destino turístico mas, acima de tudo, agradar aos de cá.
O nosso trabalho tem uma prioridade: fazer de Viseu uma cidade feliz e irresistível.
Desenvolvemos e gerimos o posicionamento da marca Viseu, passando pelo planeamento estratégico de canais de comunicação e de promoção tais como o www.visitviseu.pt e a participação da cidade na Bolsa de Turismo de Lisboa, entre outros. Organizamos os 3 eventos enoturísticos anuais da “Melhor Cidade para Viver” – Tons da Primavera, Festa das Vindimas e Vinhos de Inverno. Organizamos, programamos e promovemos a feira franca viva mais antiga da Península Ibérica – a Feira de São Mateus.
E não nos ficamos por aqui! Temos em curso vários projetos que visam a promoção do talento e da criatividade da cidade assim como da criação de um grupo de embaixadores para promoção de Viseu.
Pronto, ficamos a saber, pela “boca” deles o que são e ao que vêm.
Tem uma estrutura organizativa interessante, a fazer fé no seu organograma:
Tem um direcção – agora que saiu o João Cota – composta por Cristina Paula Gomes, sobre quem podemos ler: tem uma vasta experiência profissional na área do Direito e é profunda conhecedora das dinâmicas sociais e culturais de Viseu.
Jorge Sobrado, com um longo CV, de que se destaca estar: Na VISEU MARCA, de que é diretor, é Gestor da Feira de São Mateus e Presidente da Comissão Especializada de Gestão da Marca e Eventos. Quadro superior da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, é ainda Professor Auxiliar Convidado da Universidade do Porto.
E Pedro Figueiredo de quem se realça ser empresário vitivinícola e director da AIRV.
Muito bem. Tudo reunido para um trio de enorme sucesso.
Mas… nestas coisas há sempre uma conjunção adversativa, na sequência da última reunião do Executivo, os vereadores da oposição PS, em comunicado difundido à CS, referiam:
Passaram 41 dias sobre um requerimento apresentado pelos vereadores do PS para que lhes seja entregue o Relatório e Contas para o exercício 2017 da Viseu Marca.
Ainda recentemente, a Comissão de Acesso a Dados Administrativos (CADA), similarmente, dava razão a vereadores da Oposição relativamente ao acesso à informação.
Os vereadores da Oposição são membros do executivo municipal, como diz a CADA no seu parecer, e como tal devem ser devidamente informados de todos os procedimentos e participar nas decisões colegiais da autarquia. Todos os vereadores eleitos, com ou sem pelouro, têm o direito de requisitar documentos
Os vereadores do PS farão tudo o que estiver ao seu alcance para obter as informações solicitadas.
Ou seja, parece haver qualquer coisa a impedir esta “empresa/instituição” de ser inequivocamente clara na resposta ao que lhe é genuína, legal e democraticamente solicitado.
Ademais, surgiu ontem nas redes sociais uma Petição Pública dirigida ao Presidente da Autarquia, António Almeida Henriques, que ao que apurámos e em poucas horas, já tinha recolhido mais de uma centena de assinaturas, onde se requer e citamos:
Divulgação do Relatório e Contas da Viseu Marca
“A bem da transparência e da boa gestão da “coisa pública”; perante pedidos feitos ao executivo viseense e por ele não atendidos; um grupo de munícipes, no exercício pleno do seu direito democrático e dever de cidadania, apresenta uma Petição Pública a requerer a “Apresentação do relatório e contas da Associação Viseu Marca, da qual faz parte a CMV”.
A questão que se coloca e que já envolve também a Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA), é qual o impedimento a uma total transparência, com a apresentação cabal do dito Relatório e Contas, onde nada fique omitido e por forma a que os viseenses e não só, possam saber sem sombra de dúvida todos os pormenores que se prendem com a boa gestão desta Instituição, maioritariamente detentora de dinheiros públicos…
Estamos convictos de que nada há a esconder e que a actual direcção não vai alimentar polémicas bizantinas num braço de ferro de contornos bizarros e, por isso mesmo, conjecturalmente suscitador de dúvidas inúteis.
O Relatório e Contas apresentado até hoje é omisso nalgumas rubricas – não o devendo ser, pois quem não deve não teme – como e por exemplo, sem ir mais longe nos “pagamentos a fornecedores”, com as verbas e nomes clara e devidamente especificados.
Dilucidar, informar e não acalentar dúvidas a quem as tem – e já são bastantes a tê-las – parece ser a atitude acertada que, e naturalmente a direcção da Viseu Marca vai oportuna e brevemente esclarecer.
Não esquecemos as palavras de Almeida Henriques quando apresentou a Viseu Marca:
“este vai ser um megafone inteligente e sensível para levar uma mensagem positiva e autêntica da melhor cidade para viver”.
Venha ela, a imagem positiva e autêntica!