Isaltino de Morais, presidente da câmara de Oeiras, o seu ex vice-presidente Paulo Vistas, mais os antigos presidentes das câmaras de Odivelas, Susana Amador (actual deputada pelo PS) e José Ministro dos Santos, ex da autarquia de Mafra, são suspeitos de crimes de prevaricação et al.
As acusações prendem-se com eventuais negócios e favorecimento da empresa MRG (Manuel Rodrigues Gouveia), originária de Seia e com sede em Coimbra. O seu administrador, Fernando Manuel Rodrigues Gouveia também está no rol dos investigados. Fala-se de concursos feitos à medida para que esta empresa de construção civil e obras públicas pudesse ganhar os concursos, ademais alegadamente favorecida com informação privilegiada.
O MP vai ter que provar as acusações. Isaltino de Morais, antigo procurador do MP foi preso em Maio de 2008 pelos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal e sentenciado à pena de dois anos de prisão, no estabelecimento prisional da Carregueira.
Vamos ver no que vai dar toda esta azáfama, fazendo plena fé na Justiça que temos, a qual, decerto, terá irrefragáveis e inquestionáveis provas para sustentação de tão pesadas acusações, cimentadas com investigações que decorrem e decorreram num espaço de consubstanciação factual temporalmente dilatado.
Por mera coincidência, já em tempos o euro deputado e ex-autarca de Gouveia e da Guarda, Álvaro Amaro, se viu acusado, em processo em curso, de prevaricação, estando em causa a adjudicação de trabalhos entre 2007 e 2013, em regime de parcerias público-privadas (PPP) à construtora Manuel Rodrigues Gouveia (MRG).