Vão os tempos como o tempo…
Anunciados foram os 40º para Viseu e Castelo Branco. Vem aí um sol de crestar convidativo de um mergulho no oceano, aqui tão perto, ou nas piscinas públicas que já abriram suas portas, ou nas privadas que nunca as encerraram.
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Paulo Neto
Estes dias escoam-se um pouco à semelhança da meteorologia… irregulares, inconstantes e inesperados.
Anunciados foram os 40º para Viseu e Castelo Branco. Vem aí um sol de crestar convidativo de um mergulho no oceano, aqui tão perto, ou nas piscinas públicas que já abriram suas portas, ou nas privadas que nunca as encerraram. E porém, esses prenúncios, não impedem que, por exemplo, o dia de hoje se houvesse apresentado triste, soturno, bisonho, morrinhento e fresco.
Mas demo-nos por muito contentes – ah se não fora o aumento semanal dos preços dos combustíveis! – porque na Índia e no Paquistão as temperaturas subiram aos 50º… e assim a continuar, esta desenfreada subida, para o ano, talvez cheguem aos 60º, próximos de uma cozedura a lume brando.
Agora, Putin, é ainda e também acusado pela UE de roubar os cereais ucranianos para, à custa da miséria global, exercer mais uma revanchista, cínica e cruel vingança sobre o Ocidente, que tanto engulho lhe provoca.
Sofrerão os países mais pobres, nomeadamente os da África, já por si a braços com uma inclemente seca… Um mal nunca vem só. Putin, a seguir ao Covid19, é a mais letal praga e peste das últimas décadas.
Por cá, ouve-se um combalido mas ainda aguerrido líder do PCP a exigir o fim das sanções impostas à Rússia. Anacrónico e saudoso dos tempos da URSS, Jerónimo de Sousa, que nunca conseguiu verbalizar uma crítica a Putin – porque será? – é uma voz clamante na aridez de um insólito deserto, a falar sozinho e para dentro da sua estrutura partidária, essa também no limiar de um inevitável deserto, de ideias, de renovação, de lucidez e… de votos.
É pena que lhe possa vir a acontecer o mesmo que ao CDS, por inabilidade, irredutibilidade e cegueira ideológica.
(Fotos DR)
