Vacinas… uma guerra sem fim à vista

As vacinas apresentaram-se como a salvação da humanidade. Como há sempre quem ganhe (muito) com a desgraça, os grandes laboratórios farmacêuticos arregaçaram as mangas para dar resposta a esse recém-emergente mercado de biliões.

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  • 8:58 | Terça-feira, 16 de Março de 2021
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A “praga” que nos caiu em cima alterou radicalmente as nossas vidas. Para já, a todos quantos lhe sobreviveram, pior ou melhor, roubou um ano de existência, reduziu a esperança de vida e matou muita ilusão a milhões de cidadãos empreendedores.

As vacinas apresentaram-se como a salvação da humanidade. Como há sempre quem ganhe (muito) com a desgraça, os grandes laboratórios farmacêuticos arregaçaram as mangas para dar resposta a esse recém-emergente mercado de biliões.

Todos queriam ser os primeiros a fazer os contratos bilionários. Foi uma azáfama. É uma azáfama. A ver quem chegava primeiro, da China, à Rússia, aos Estados Unidos, à Europa…


A AstraZeneca, anglo-sueca com sede em Cambridge, na Inglaterra, adiantou-se a fechar o negócio com muitos países. Depois de ter os contratos assinados numa lufa-lufa, deu-se a privilegiar mercados em detrimento de outros. De seguida, vamos lá a saber porquê, percebeu que não chegava para as encomendas. Daí a entrar em sucessivos incumprimentos, foi um vê se t’avias…

Ontem, a vacina da AstraZeneca foi suspensa em Portugal pelo Infarmed e pela DGS. Porquê? Porque em 173 mil vacinas aplicadas surgiram dois casos graves de reacção adversa, ou tromoembolismo.

Num domínio aberto a todas as conjecturas e face ao crescente número de países que suspenderam as vacinas deste laboratório, poderíamos pensar que foi um acto punitivo conjuntamente orquestrado para ajustar o questionável comportamento do francês Pascal Soriot, CEO dessa farmacêutica. Ou seja, um puxão de orelhas. Será? E se de facto foi, que custos terá em número de vidas?

De concreto se sabe que e no nosso caso, foram adquiridas mas não recebidas aproximadamente 22 milhões de doses de distintas farmacêuticas: AstraZeneca, BioNTech/Pfizer e Moderna, aguardando-se luz verde às vacinas da CureVac, Janssen e Sanofi/GSK.

Também se sabe das assimetrias verificadas na administração de vacinas à população, com Israel encabeçando a lista com 48,6% de vacina completa administrada e Portugal, com 3,3%. É caso para dizer que quem tem unhas é que toca guitarra…

Com esta descontinuação, a administração das vacinas foi suspensa em Portugal, nomeadamente e para já no caso dos muitos milhares de professores e funcionários das escolas que iriam ser vacinados para a semana.

Também, esta suspensão, veio gerar mais controvérsia entre aqueles que são contra e a favor das vacinas. Mas veio também gerar perplexidade e medo a todos quantos tomaram essa vacina e que agora se questionam se há ou não fundamentos sérios para essa interrupção (também lhe podemos chamar embargo) e a haver, quais as consequências com as quais se pode contar e qual a forma de atacar possíveis novas patologias daí derivadas.

De facto, a saúde, em contexto de perda tornou-se uma obsessão, agravada pelo panorama de surgimento de novas estirpes ou variantes, com uma consequente e imensa imprevisibilidade quanto ao futuro, perante mais de 2 milhões e 600 mil mortos já referenciados no mundo pela Covid19, tendo no TOP 2, os EUA e o Brasil, onde dois alucinados presidentes, Trump e Bolsonaro têm como trágico cenário 534 mil e 280 mil mortes respectivamente, causados pelo que apelidaram de “gripezinha”.

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