“Uma Luz ao Longe”, Bertrand e Câmara Municipal de Sernancelhe dão-se de novo as mãos

Este ano, com todas as vicissitudes que, entretanto, alteraram as vidas de todos nós, reedita-se “Uma Luz ao Longe”, com magnífico prefácio do escritor Gonçalo M. Tavares, cuja acção decorre no Colégio da Lapa e narra o período aí vivido por Aquilino, de 1895 a 1900, lá fazendo parte de seus estudos antes de ir para o Colégio da Roseira, em Lamego.

  • 18:54 | Segunda-feira, 27 de Julho de 2020
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Numa profícua política com cunho e dígito de Eduardo Boavida, director editorial da Bertrand, inaugurou-se em 2016 a reedição de “Cinco Réis de Gente” em estreita colaboração entre a prestigiada Editora e a Câmara Municipal de Sernancelhe, pela mão de Carlos Silva Santiago.

Seguiu-se a reedição de “O Homem da Nave”, pela mão de José Eduardo Ferreira, presidente de Moimenta da Beira e “O Malhadinhas” com José Morgado, presidente de Vila Nova de Paiva.

Em 2019 reeditou-se “Terras do Demo”, no seu centenário, em colaboração com a FAR, Fundação Aquilino Ribeiro e os três referidos municípios que a administram.


Este ano, com todas as vicissitudes que, entretanto, alteraram as vidas de todos nós, reedita-se “Uma Luz ao Longe”, com magnífico prefácio do escritor Gonçalo M. Tavares, cuja acção decorre no Colégio da Lapa e narra o período aí vivido por Aquilino, de 1895 a 1900, lá fazendo parte de seus estudos antes de ir para o Colégio da Roseira, em Lamego.

A apresentação desta obra, com vozes de prestígio nacional, será feita idealmente na Lapa, assim as condições sanitárias o permitam.

Hoje mesmo enviei um email a Eduardo Boavida a lembrar as ilustrações belíssimas de João da Câmara Leme surgidas na reedição especial da obra em 1969.

Recebi de volta, em 1º mão nacional, a prova de capa, com autorização da sua divulgação e com uma dessas ilustrações, numa feliz coincidência de “alinhamento” entre esta decisão da Bertrand e o meu humilde pensamento.

Aquilino reuniu mais de 40 prestigiados ilustradores em torno da sua obra. Reeditá-los com ela é sempre uma homenagem prestada e, em simultâneo, um tirar do limbo destruidor da desmemória, artistas extraordinários do nosso panorama plástico nacional.

Aquilino, 47 anos após a sua morte, continua a ser, também deste modo, o ser dinâmico e solidário com que toda a vida ataviou o seu viver e a sua acção, enquanto escritor, Homem e democrata.

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