Passando os olhos pela comunicação social on line, em modo de actualização “low cost”, diversificado e qualificado, evidenciam-se-nos alguns títulos…
Começo por um dedicado ao gestor da Ferrostaal, de seu nome Erbsloh a referir taxativo, que houve subornos pagos no caso da venda dos submarinos a Portugal. Porém, o nome em vigor, institucionalizado, na empresa era de “aplicações úteis”… e acrescenta: “dedutíveis nos impostos e encarados com absoluta normalidade.” E ainda diz mais, “a empresa começou a utilizar ‘consultores’ para fazer chegar o dinheiro aos países que abriam concurso para aquisição de bens militares.” (…) “Dos honorários que recebe, o consultor canaliza uma parte para os decisores, eventualmente para o governo”, clarificou Herr Erbsloh com aquele desdém superior dos antigos colonialistas no Congo Belga (por exemplo e porque me lembrei do Vargas Llosa e de “O Sonho do Celta”) a explorarem e a tratarem os escravos da borracha como não se trata um animal irracional.
Em Portugal ninguém terá pesquisado no Google a expressão “aplicações úteis”… está explicado o encerramento do processo.
Entretanto, o Observatório de Saúde refere que um quinto dos idosos no Alentejo não têm dinheiro para se alimentar. Isto foi dito numa Comissão Parlamentar da Saúde. Teresa Caeiro, do CDS reagiu: “o relatório é um canhenho de subjectividade a pretender fazer literatura em vez de apresentar propostas.” Talvez a AR possua uma editora nas catacumbas e como tanto o PS como o PSD têm deputados ligados ao mundo editorial (Lello e Zita) , podiam instituir o prémio anual da ficção científica ou, quem sabe, da literatura de terror, pois no lirismo não se safavam…
Algures, Aníbal Cavaco Silva admite poder ter preenchido ficha na PIDE, mas não se lembrar do facto e a fazê-lo terá sido por “razões académicas”. Chatos mesmo são os tipos do Wikileaks que andam a expor estas coisas, em vez de estarem caladinhos com cochichos da “Nato”… Estes americanos são uns imprevidentes! Não sabem guardar um segredinho…
Mas temíveis são os números compulsados pela investigadora Raquel Varela que referem ter Portugal uma classe média a viver o maior nível de pobreza de há 40 anos a esta data, enquanto os milionários estão a crescer a uma média de 1.000/dia. Mais é dito: “há uma elite que ocupa cargos públicos e de gestão que é remunerada à escala dos principados árabes”…
É bom, os milionários reproduzirem-se como coelhos. É mau, os pobres proliferarem como tortulhos…
Estarão aqui incluídos o governador, o vice-governador e os outros dois membros do conselho de administração do Banco de Portugal que auferem por ano, respectivamente 213.278,00€, 199.948,10€ e 186.618,30€, ou seja, estes quatro custam-nos 786.646,70€/ano (à volta de um milhão, mordomias contadas).
Porventura até será pouco pelo muito que têm poupado ao país, o Constâncio com o BPN e o Costa com o BES…
E pronto… estou enjoado. Terá sido o café matinal que me caiu mal ou esta mini-enxurrada de m…. que me indispôs?