O que se tem vindo a passar no domínio da Educação, com um crescente agudizar de extremos, não abona da sua tutela.
João Marques Costa, o linguista catedrático, com duas secretarias de estado de tarimba antes de ser ministro, mostra-se um indivíduo de estranhos monólogos e arredio de consensuais diálogos.
Preso ao acessório, por vezes de forma estranhamente mesquinha, conseguiu com a sua postura rígida afastar-se do essencial e colocar toda uma classe contra si. É obra. A última a conseguir tal feito, foi a de má memória Maria de Lurdes Rodrigues, dos tempos de José Sócrates.
A seu lado, António Leite, um mal-humorado, senão irado secretário de Estado, que veio de professor do Agrupamento de Escolas Clara de Resende (Porto) e foi dirigente da Federação Nacional dos Professores e do Sindicato dos Professores do Norte, nas raras aparições ao lado do ministro, mais parece o pirómano de serviço.
Num país onde em breve a falta de professores será uma realidade, uma tutela que insiste em não ouvir os ainda resistentes e resilientes docentes, está votada ao fracasso governativo. Estes dois, porém, não o conseguem ver.
António Costa, o primeiro-ministro, perante tal inflexibilidade, irresolução, incapacidade, insensibilidade, ele que é um hábil político, já os deveria ter remodelado há muito, mantendo-os por qualquer estranho pacto, decerto de consequências muito graves para Portugal, para a Educação, para os Professores e para os Alunos.