Trump prepara “batota” para o 3 de Novembro

Num vale tudo despudorado onde a mentira impera numa corte pouco qualificada e assazmente desnorteada, Trump conduziu o país ao anedotário mundial, à chacota do mundo e ao desprezo global.

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  • 14:02 | Domingo, 27 de Setembro de 2020
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O Níger, o Chade, a República Centro Africana, o Sudão do Sul, o Burundi, a Eritreia, a Burkina Faso, a Serra Leoa, Moçambique… são o fim de lista de 189 países que contabiliza o “desenvolvimento humano”. Ou seja, estão no mais baixo índice mundial.

Nessa lista, Portugal ocupa o 40º lugar e o EUA o 15º, ambos já na lista do desenvolvimento muito alto, a nível de riqueza, alfabetização, educação, expectativa de vida, natalidade, etc. Este índice de desenvolvimento é usado para destrinçar se o país é desenvolvido, em desenvolvimento ou subdesenvolvido. Os leitores mais velhos ainda recordarão que na década de 60, Portugal era considerado de forma algo galhofeira como “país subdesenvolvido em vias de desenvolvimento…”

Vem esta longa introdução a propósito do que se está actualmente a passar nos EUA, sob a presidência de Donald Trump. País dos mais ricos do mundo sofreu um retrocesso civilizacional, de valores, de democracia, de direitos humanos, de seriedade e de imagem, à escala planetária, que o colocou a hipotético nível dos acima referidos.


Num vale tudo despudorado onde a mentira impera numa corte pouco qualificada e assazmente desnorteada, Trump conduziu o país ao anedotário mundial, à chacota do mundo e ao desprezo global.

Por mais rico que um país seja, basta ter um pantomineiro populista à cabeça, para passar de bestial a besta. Mostra-nos também a fragilidade dos sistemas políticos que permitem o agora sucedido, por exemplo com a nomeação da Republicana Amy Barrett para o Supremo Tribunal, por morte de Ruth Bader Ginsburg. Os republicanos mostraram as unhacas e o bico rapace da águia…

Trump, na perspectiva de perder nas urnas as eleições que decorrerão a 3 de Novembro, após ameaçar que haverá “violência” se os democratas ganharem, prepara afanosamente uma jogada batoteira para ganhar na secretaria.

Os EUA a nível do Níger, ou talvez mais abaixo.

 

(Fotos DR)

 

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Publicado em Editorial