De repente, o espaço argonáutico de Viseu e até nacional (pasme-se! ) apareceu sobrecarregado de comunicados, entrevistas, declarações, manifestações de apoio a caudilhos e explicações disto, daquilo e de tudo e mais alguma coisa. Uma catarse…
Daí decerto sairá muita luz. O que é excelente, pois às escuras, nas vielas e escusos semideiros da noite, são pardos todos os gatos. E nós acreditamos piamente que alguns possam ser brancos, outros castanhos e alguns cinzentos ou cor de burro quando foge.
Sun Tzu, na sua “Arte da Guerra”, explicaria essas tácticas paramilitares e provavelmente chamar-lhes-ia “fugas para diante”. Não, não são as harmoniosas de Bach…
Seja lá o que for, em conversa com o préclaro Compadre Zacarias, do fundo da sua sageza, sagacidade e experiência de vida, ouvimo-lo afirmar peremptório:
A transparência, na sua limpidez nunca é suscitadora de equívocas dúvidas. E se porventura for, com duas frases se clarificam, sem indispensabilidade de rebuscadas oratórias e empoladas labietas. Mais das vezes mera “banha da cobra”.
Claro está que uma catadupa incessante de variações (não, não são as Goldberg para cravo) e/ou tergiversações sobre a essência de cada caso, distrai e desvia as atenções recobrindo a verdade factual de um verniz cosmético com dupla função: a de esconder o sarro dando-lhe um róseo brilho.
No fundo, evasivas e subterfúgios “pour épater le bourgeois”.
Procedimento a quase fazer lembrar o sequioso que na avidez de sua desenfreada sede se finou afogado no rio onde se dessedentou…