É legítima esta questão, tendo em conta o que se passou na 1ª reunião deste “novo” executivo camarário.
Segundo os quatro vereadores do PS eleitos por 20 mil munícipes, Ruas e os seus 4 vereadores chumbaram todas as propostas do PS apresentadas, nomeadamente aquela das reuniões serem abertas ao público, fundamentada no facto de, assim, os munícipes poderem ter “um conhecimento mais profundo da gestão do Concelho”.
Foi também chumbado o pedido de gravação de todas as sessões.
Se quem não deve não teme, que temerá afinal Fernando Ruas? Haverá necessidade de esconder aos munícipes o que se passa nas reuniões do executivo? Se não há, com esta polémica negação, mais parece haver.
Como se não bastasse, perante a proposta constante no Regimento de realização das reuniões serem à quinta-feira e à solicitação de alteração para outros dias da semana visando permitir a presença do vereador e deputado da Assembleia da República, João Azevedo, a resposta obtida foi um linear “não” baseado na justificação de que “os Serviços Técnicos teriam, para esse dia, melhor organização.” Até dá vontade de rir… tão frouxa e destituída argumentação.
Tal atitude pode levar a crer que Fernando Ruas, outrora edil combativo, receie hoje a pugna política democrática e frontal, sustentando-se esse temor nestes artifícios pouco abonatórios de autarcas corajosos, antes condenatórios de quem tudo parece ir doravante fazer para inviabilizar o confronto de ideias na positiva luta em prol do Concelho de Viseu.