Se eles dizem que se perdeu a confiança na Justiça… Como contrariá-los?

Que vai acontecer aos referidos que estão sob suspeita se elas forem provadas? Continuarão a julgar? Com que moral e justiça?

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  • 22:01 | Sábado, 07 de Março de 2020
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Luís Menezes Leitão é o Bastonário da Ordem dos Advogados. Decerto sabe do que fala quando questionado pelo Expresso se “podemos continuar a confiar na Justiça” responde que não. Mais acrescenta: “a confiança nas instituições leva anos a criar mas basta um segundo para poder ser destruída.” E conclui: “A confiança na Justiça está seriamente abalada.”

E se tal acontece pelas actuações do ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, Orlando Nascimento, de Vaz das Neves, de Rui Gonçalves, de Rui Rangel, de Fátima Galante, de Hélder Roque, do Suprem Tribunal de Justiça… ; se a actuação da PGR, Lucília Gago não está isenta de críticas, agora debaixo da mira da Autoridade Tributária que acusa o MP de destruição de provas na Operação Fora de Jogo; se António Piçarra, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, se sente “envergonhado” e concede que “a confiança na Justiça foi abalada e afectada de forma grave”… quem somos nós, o português comum, zeloso e cumpridor de leis, até aqui crente inabalável nesse pilar da democracia que é o estado de direito e democrático, para contrariar estas doutas e sapientes personalidades do “métier” e para desdizer a factualidade em que assentam suas opiniões?

E que vai acontecer aos referidos que estão sob suspeita se elas forem provadas? Continuarão a julgar? Com que moral e justiça?


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