Saque a saque, o Macedo alcança…

O grande líder da CGD, a banca pública – para o bem e para o mal, mas mais para o mal – prossegue a sua messiânica perseguição aos clientes do “seu” banco. Claro, aos “pequenos” clientes, mesmo que já tenham uma fidelização de quase meio século – hoje a fidelização está “demodée” no léxico dos […]

  • 12:27 | Quinta-feira, 04 de Julho de 2019
  • Ler em 2 minutos

O grande líder da CGD, a banca pública – para o bem e para o mal, mas mais para o mal – prossegue a sua messiânica perseguição aos clientes do “seu” banco.

Claro, aos “pequenos” clientes, mesmo que já tenham uma fidelização de quase meio século – hoje a fidelização está “demodée” no léxico dos tecnocratas e ultra liberais da “treta” – porque com os grandes a conversa é outra. Para já, a sua ineficiência em cobrar aos grandes “caloteiros” é de tal forma gritante, que a Assembleia da República, num raro acto de contrição, sentiu vergonha e criou mais uma das incontáveis comissões de inquérito para ouvir os gestores que emprestaram milhares de milhões sem contrapartidas válidas e para escutar as hilariantes narrativas de alguns dos devedores que, hoje, coitados, dos milhares de milhões de outrora, apenas têm, algures numa ilha, uma garagem…

Hoje, o pequeno cliente da CGD é saqueado todos os dias com todo o tipo de comissões – serão todas legais? – com preços exorbitantes de cartões – um Gold nunca pedido custa 70 €/ano – transferências a peso de platina e, juros a entrar no negativo, tipo 0,015 cêntimos, dando-se ainda ao luxo refinado ou saque atrevido de reter juros nos pequenos depósitos, mesmo contra a vontade do BdP que parece não mandar nada e anuído por um Estado, mais ávido e sôfrego do que preocupado com a licitude e boas práticas dos actos em instituições que tutela.


Na mira do Macedo – em tempos apodado de “o cobrador de impostos”, noutros apelidado de “o coveiro da Saúde”, estão preferencialmente os emigrantes – que já tanto jeito deram à economia lusitana… — os aposentados – uma vida inteira a contribuir com o seu esforço… — os estudantes, ainda parcos no seu pé de meia.

Quanto aos milhares de milhões que se evaporaram e que todos nós contribuintes pagamos sem bufar, Macedo não parece ter grande penhor na sua cobrança. Caso para dizer, este fulano só parece forte com os fracos e fraco com os fortes. Será?

A juntar a esse controverso conjunto de acções, um cliente CGD que não seja do tipo berardo, pode contar com inúmeras filas de espera ao balcão, um serviço net Caixa Directa pouco eficaz, máquinas multibanco pouco operativas/obsoletas e, nalguns casos, direcções regionais, politicamente encostadas, que muito teriam a contar se fossem profunda e seriamente auditadas.

Paulo Neto

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial