Dois dos três ex-autarcas de Santa Comba Dão foram julgados e condenados a 3 anos de pena suspensa e ao pagamento de 5 mil euros, o outro tendo sido condenado a 3 anos e 3 meses de igual pena e 2.600 euros de pagamento.
Provou-se que tinham ficado com o telemóvel e tablet que usavam de serviço os quais, quando a função terminou, deveriam ter sido devolvidos à autarquia a que pertenciam. Desse modo, os novos autarcas escusavam de ter gasto dinheiro na aquisição de novos equipamentos. O que seria lauta poupança para as depauperadas finanças municipais que Leonel Gouveia encontrou.
Estimamos que cada equipamento, conjunto de telemóvel e tablet, por muito bom que fosse e sendo usado, valeria para aí mil euros (valor estimativo à parte). E eu não daria por eles tal montante…
Entendemos que quem julgou quis criar jurisprudência e, mais do que isso, quis ser modelar na sentença para, pelo exemplo, ser profilacticamente pedagógico e prevenir futuros casos análogos. Louva-se a medida.
Com os milhares de milhões de euros de “prejuízos” causados à economia portuguesa e a todos os portugueses que tiveram que suportar indirecta e colateralmente o desaforo e regabofe, por regra de três simples, alguns dos visados iriam ser condenados a centenas de anos de prisão e a biliões de euros de indemnização.
O que, ainda assim, sempre seria mais brando que o destino de Jiang Xiyun, o banqueiro chinês ex-presidente do Hengfgeng Bank que desviou 99 milhões de euros e foi condenado à morte.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra, pois no meio estará a virtude…