Ciclicamente, o eurodeputado Paulo Rangel emerge da sua mui doirada sinecura bruxelense para fazer de contas, ou melhor, para justificar com anchos arroubos de peito a dádiva que o PSD lhe concedeu.
Esta derradeira aparição surge na sequência do acordo conseguido pelo governo português com a Espanha e a França para viabilização/construção do gasoduto que passará a ligar os três países.
Rangel, alegando desconhecer o acordo firmado, di-lo ruinoso para Portugal.
Ignorando se ele até já foi assinado, exige que lho mostrem para, ao ver, poder crer.
Pretende conhecê-lo na íntegra, ou seja, desconhece-o total ou parcialmente, não lhe poupando, atrevidote, contundentes críticas.
Age um pouco à laia da rapaziada da extrema-direita que lança uns gritos histriónicos, de quando em vez, para ser notada.
Rangel, no seu delicodoce jeitinho deveria ter o lúcido assomo de bom-senso de não criticar o que diz ignorar e de não usar do “bota-abaixismo” pouco fundado para (tentar) crescer uns poucos e ilusórios milímetros.
(Foto DR)