Quem não é visto não é achado…

Talvez por isso, Donald Trump o às das “fake news” e um consagrado “incendiary net”, pelos piores, mais demagógicos e populistas motivos, vendo-se proibido de usar as redes sociais, nomeadamente o Twitter do qual tinha feito tribuna e púlpito, decidiu criar a sua própria plataforma global de comunicação.

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  • 12:40 | Domingo, 24 de Outubro de 2021
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Vivemos a magna era da comunicação, sendo omunicar, basicamente, tornar comum, partilhar.

O homem sente hoje a imperiosidade de interagir com os outros, no seu crescente isolamento e solidão, talvez por ainda ter memória, em breve perdida, do tempo em que naturalmente o fazia. Na impossibilidade real de o concretizar contenta-se e habitua-se ao virtual. Daí o grande êxito das redes sociais.

Porém, com os políticos que, se não são vistos não são achados, o caso muda de figura e eles sentem uma necessidade prementíssima de comunicar com as massas, nem que não seja para lhes dizer “eu estou aqui!” ou, cumulativamente, para passar numa micro mensagem, em frase mais ou menos lapidar, a sua intenção, que é de colher a sua simpatia, o seu intuito, o de arregimentar os “crédulos”.


Talvez por isso, Donald Trump o às das “fake news” e um consagrado “incendiary net”, pelos piores, mais demagógicos e populistas motivos, vendo-se proibido de usar as redes sociais, nomeadamente o Twitter do qual tinha feito tribuna e púlpito, decidiu criar a sua própria plataforma global de comunicação.

Chama-se TMTG (Trump Media & Technology Group) e terá a rede social “Truth Social”.

Esta é resposta do ex-presidente dos EUA ao banimento do Twitter e do Facebook que sucedeu após os incidentes no Capitólio e o seu incitamento à violência que vitimou cinco cidadãos.

“From the desk of Donald J. Trump” será o lema e autodesigna-se como “o farol da liberdade”. Nela Trump pode publicar textos, imagens e vídeos que os seguidores poderão partilhar no Twitter e no Facebook, não havendo, porém, lugar a interacção, sendo uma comunicação unilateral.

É evidente que tal estratégia visa criar a base da gigantesca propaganda para as próximas eleições norte-americanas que ocorrerão em 2024.

De facto, como dizia alguém “quem não comunica não existe”, e se o anónimo ser humano comunica a todo o momento, pelos gestos, actos, atitudes, roupas, silêncio, etc., no caso dos políticos, para comunicar com os “fiéis”, os cartazes não bastam e para quem dispõe (ou tenha quem por ele disponha) de biliões de dólares, a coisa não será difícil, tendo em vista os poderosos lóbis que estão por trás, desde a extrema-direita às petrolíferas, à indústria do armamento, et all…

 

(Foto DR)

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Publicado em Editorial