Não temos muitas dúvidas se tivermos de escolher entre Jorge Sampaio, que foi presidente da República e Durão Barroso que foi primeiro-ministro de Portugal…
Por qualquer opaco e ambíguo motivo, Durão Barroso deu uma entrevista à SIC e ao Expresso, em início deste mês, onde se estriba em Jorge Sampaio para justificar o seu súbito afã, como boy bem comportado, na realização da Cimeira das Lajes que reuniu George Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e Durão Barroso e ditou o início da guerra com o Iraque, a pretexto de inexistentes armas químicas de destruição maciça nunca encontradas e que fez mais de 1 milhão de vítimas.
Estávamos em 16 de Março de 2003. Quatro dias após iniciou-se a invasão do Iraque que levou ao derrube e morte por enforcamento de Saddam Hussein, desencadeando uma espiral de violência que ainda hoje continua imparável com a emergência dos radicalismos que, infelizmente, todos conhecemos e mais suas nefastas consequências.
Agora, o então primeiro-ministro que teve a presidência da Comissão Europeia como recompensa talvez da sua excepcionalidade como governante português (?), escuda-se e perante o julgamento da História em Jorge Sampaio.
É legítimo?
Nada que nos admire neste “laranja” oriundo do MRPP, com um percurso político mais ziguezagueante que as curvas do Luso.
Um homem que não deixou saudades quando abandonou o cargo de primeiro-ministro para o qual tinha sido eleito pelos portugueses e que também não deixou saudades em Bruxelas quando deixou a Comissão Europeia.
Um homem que anda por aí a fazer agenda e pelo Bilderberg Group a fazer talvez o que lhe mandam…
Sampaio, por seu turno alega ter sido avisado dois dias antes e colocado perante o objectivo derradeiro de evitar a guerra no Iraque, Cimeira que tinha como único fim obter a paz…
Que havemos nós de pensar? Pela nossa parte já temos opinião formada.
E o leitor?
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/durao_barroso_diz_que_jorge_sampaio_concordou_com_a_realizacao_da_cimeira_das_lajes.html
http://www.msn.com/pt-pt/noticias/politica/barroso-disse-que-era-uma-cimeira-para-evitar-a-guerra/ar-BBsLSP2?ocid=spartanntp