A repetição de o que quer que seja dá cunho de vulgaridade ao repetido.
Dizermos, escrevermos que o actual governo comporta uma cáfila de mentirosos a trabalhar para os mercados-patrões e a cilindrar o povo que os elegeu tornou-se tão trivial que já não tem qualquer impacto ou significado.
Este governo, com um cinismo obsessivo e insensato, crê-se sufragado para vender Portugal e gerar a miséria de quase todos os portugueses – excepção da comandita.
Por isso, todas as manhãs, Coelho acorda com uma nova ideia de como e quanto sacar com um novo imposto, contribuição ou taxa.
E já ninguém estranha.
O compadre Zacarias tornou-se amigo de um carteirista que o roubou quatro vezes. Quase poderíamos fazer uma analogia… Mas não o fazemos porque nunca ousaríamos comparar o primeiro-ministro de Portugal com o “Tony-Gadanha”, actuando em Santa Apolónia.
Embora a tentação…
Coelho vai sacar o que puder até 2 meses das eleições legislativas. De repente, para além da almofada de 4,6 mil milhões de euros que tinha escondida para salvar o BES, descobrirá um travesseiro de 6,4 mil milhões de euros para devolver aos eleitores, numa tentativa de quase corrupção, para os aliciar, lhes pagar o voto e tentar apagar todas as malfeitorias até lá praticadas.
Anteontem, depois de um qualquer-coisa-Guedes anunciar que “o governo avança com o novo corte de salários na função pública já no próximo mês”, vem um Barreto-coisa-qualquer, com um ar sandeu, anunciar a nova taxa sobre o audiovisual.
À média de um imposto por semana e tirando os 2 meses antecedentes da eleição, ainda temos para aí mais uma chuva de 56 impostos…
Entretanto, nesta venda a retalho de Portugal, todos os dias chegam para os saldos, mexicanos, chineses, americanos… Paulo Macedo diz que “precisamos de investidores credíveis!”
Talvez de Angola…