As Jornadas Mundiais da Juventude, o futebol, as greves, as férias… tudo tem servido para afastar a atenção dos portugueses dos assuntos capitais.
Os combustíveis sobem quase todas as semanas. Da entidade reguladora do sector nem um pio se ouve. O português, esse, conforma-se a tudo e já nem pia. É preciso anediar ainda mais as petrolíferas, que em tudo encontram pretextos para “arregaçar” os preços, dando azo a que tudo suba colateralmente. A taxa sobre os lucros extraordinários? Isso é que era bom!
A ”madama Lagarde”, de quinze em quinze dias, manda subir juros, spreads e outras minudências mais. Faz a apologia dos baixos salários e pretexta-se na inflação, embora nós creiamos que está a servir a banca europeia, cada vez mais tentacularmente nédia e adiposa.
Em Itália, a primeira ministra Giorgia Meloni tentou taxar a banca em 40% dos seus lucros extraordinários. Tentou. No dia seguinte arrumou a medida na gaveta. Porque terá sido? Por cá, ninguém se atreve a enfrentar a obesa banca. Provavelmente pelos motivos acima apontados. O vai e vem entre a política e a administração bancária…
Os incêndios chegam em força, de norte a sul, trazidos pelas altíssimas temperaturas e pelos fósforos dos incendiários. Em Odemira foi preso um em flagrante delito. Trinta e poucos anos. Reincidente. Já tinha sido detido há dois anos pelo mesmo crime e posto em liberdade.
De resto, a temporada tonta ou “silly season” está aí, e se não fossem os emocionantes acidentes com os carroceis da Feira de S. Mateus, a vida seria um caliente tédio, a bronzear nos areais do sul… para quem pode, claro.