Esta semana que passou ficou marcada por vários acontecimentos relevantes. Destacamos aqui a audição na CPI de Nuno Rebelo de Sousa, que se cingiu ao “segredo integral” para o qual tinha previamente avisado: “eu exercerei o meu direito ao silêncio”, invocando a Lei e a Constituição para tal procedimento.
E se o disse melhor o cumpriu, à distância, no Brasil, por vídeo conferência, aconselhado pelos seus advogados, durante mais de duas horas só se lhe ouviu a voz para dizer “Pelas razões referidas não respondo”.
De nada adiantou, apenas havendo uma excepção ao silêncio, respondendo à questão de João Almeida, do CDS sobre o que a testemunha “faz na vida”, afirmando ser “director da EDP Brasil há 11 anos”.
André Ventura foi mais longe referindo que Nuno Rebelo de Sousa é “o rosto do que é uma cunha em Portugal”, mais perguntando: “Tem a noção que criou para o Presidente da República um dos maiores problemas que a nação alguma vez teve?”
Nuno Rebelo de Sousa “pôs-se a jeito”, não ficou bem no retrato, aumentou as suspeitas do seu envolvimento no “caso das gémeas”, sujeitou-se a “tratos da polé”. Por opção e conselho dos seus advogados, é certo, acabou por adensar a nuvem de suspeição que sobre ele impende. Foi confrangedor.
Aqui as torturas foram psicológicas, morais, provocadas pelo inquirido e entraram em casa de todos os portugueses. Foi o refinamento, o paroxismo da humilhação.
Quem semeia ventos não colhe bonança…