Tudo o que já foi dito sobre Donald Trump será sempre pouco para caracterizar os actos de insanidade megalómana deste indivíduo.
Dia após dias do resultado eleitoral que deu a incontestável vitória ao Democrata Biden, o Republicano Trump sonha de noite os pretextos que na manhã seguinte invocará para adiar o inadiável. O inadiável que é a sua saída pela porta mais baixa e rasteira da Casa Branca.
Com patéticas exibições das suas múltiplas paranóias, seguido de perto pelo “escorrente” e esgazeado Giuliani, mais parecido a um chefe da Camorra que a um ex-mayor de Nova Iorque (ou talvez não), pelo seu filho mais velho e pela sua irreal mulher, ambos cientes dos privilégios que vão perder e numa estrídula gritaria reclamando, todos juntos, cabalas e fraudes por todos os Estados onde Trump foi derrotado… estão a transmitir para todo o mundo a visão mais obscena de um país que se diz civilizado, líder mundial e espelho virtuoso de todas as democracias.
Infelizmente, Trump mostrou “the dark side” da América. Juntou-se a outros países terceiro-mundistas como o Brasil, a Venezuela, o México, a Colómbia, a Nicarágua et all.
Deu-nos a pior visão da política e o mais abjecto rosto dos políticos. E isto para gáudio de todos os detratores e constrangimento de todos os apoiantes.
Talvez tenha que ser o exército norte americano a desalojar o intruso à força, e mais que intruso, o empata que está a adiar tomadas de posição determinantes para salvar concidadãos, para resgatar a economia, para fazer valer os Direitos Humanos, para lutar pelas soluções climáticas do planeta.
Trump, com esta indecorosa permanência em cena, deu palco mundial ao descrédito total e crédito pleno a todos quantos sempre viram nele um triste actor de ópera bufa, uma marioneta nas mãos de tenebrosos interesses, um porta voz da mentira, um propagador do genocídio.