Perante o crescente número de escândalos que têm assolado e abalado o governo (e as autarquias), criou-se um questionário de verificação prévia a ser preenchido por todos os indigitados para o exercício de funções governativas.
Vem tarde. Vem depois de muita controvérsia. Vem depois dos portugueses tomarem conhecimento de factos inimagináveis. Vem depois de muita “rebaldaria”.
Este questionário terá 36 perguntas que deverão ser respondidas pelos candidatos a ministros e secretário de estado. Reporta aos três anos anteriores da vida profissional de cada um e abrange ainda o agregado familiar (vide caso da sE da Agricultura e do cônjuge, ex-autarca de Vinhais).
Pelos vistos estávamos todos muito enganados…
Agora, além do “teste”, os candidatos, têm que assumir um compromisso de honra. Porém, se hoje vemos os “detidos & afastados” darem entrevistas a reiterar terem a “consciência tranquila”, esperar que “honrem a honra” é um pouco como ainda acreditar na Branca de Neve e os 7 Anões.
São cinco as áreas pelas quais se dividem as questões. A saber:
Actividades atuais e anteriores;
Impedimentos e conflitos de interesses;
Situação patrimonial;
Situação fiscal;
Responsabilidade penal.
Sobre a competência para o exercício das funções, a coisa vai por “pressupuesto”. Até pode validar ser companheiro(a) de um secretário(a) de Estado, motivo curricularmente relevante, pois a outra parte do casal decerto ignorará tais “peanuts”, tendo decerto muito mais em que pensar.
Se o putativo candidato tiver aprovação a todas as 36 questões obterá decerto 20 valores e, se não vai para o quadro de honra, decerto poderá integrar qualquer Governo Constitucional, seja o XXIII, o XXXIV, o XXV…
(Fotos e imagens DR)