Os iluminados e os alcoviteiros

    Guerra aberta entre Afonso Camões, director do JN e Octávio Ribeiro, director do CM mostra aquilo que parece ser uma verdade cada vez mais emergente: os grandes grupos neo liberais económicos controlam os média que, e por sua vez, se prestam ao “alcoviteirismo” rasteiro entre os diversos players económicos, políticos, jurídicos e da […]

  • 17:05 | Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015
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Guerra aberta entre Afonso Camões, director do JN e Octávio Ribeiro, director do CM mostra aquilo que parece ser uma verdade cada vez mais emergente: os grandes grupos neo liberais económicos controlam os média que, e por sua vez, se prestam ao “alcoviteirismo” rasteiro entre os diversos players económicos, políticos, jurídicos e da comunicação social, numa estranhíssima confusão entre o 1º, o 2º, o 3º e o 4º poderes…
Afonso Camões refere-se ao CM como a “Coisa”, não o citando mas mantendo a inicial “C” e tecendo acusações duríssimas. Por seu turno, Octávio Ribeiro diz que o “colega” é “um homem acossado e irado”.
No eixo da polémica está José Sócrates, estão as constantes fugas de informação e está um tipo de jornalismo serventuário dos mais inconfessados e iníquos interesses.
O 4º poder — como escrevi há dias num editorial do RD — deixou de ser a voz dos sem-voz e já nem poder é, mas sim servilismo de quem pode…
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Novus ordo seclorum 
Vivem-se novas eras com muitas e novas mudanças. Compreendê-las é ler nos tempos que correm a inquestionável verdade que não queremos ver: andam 3.5000.000.000 sub-habitantes do planeta Terra a trabalhar como diligentes escravos para 80 arquibilionários mundiais, abomináveis números que nos dizem que os haveres destes são superiores a todos os teres daqueles.
Esta era do incipiente século XXI é a de um neo-esclavagismo mundial. Um esclavagismo tanto mais pérfido quanto deixou de se ver o látego dos negreiros, pois os novos escravos, numa pirâmide hierárquica bizarra são, degrau a degrau, até à base, os capatazes subservientes dos poucos sem rosto seus amos.
Estranho mundo este saído de uma milenar pseudo treva espiritual para uma escuridão onde luzem parcos illuminati, com um só olho gerador de muita luz, mas apenas para mero e exclusivo proveito próprio do seu círculo de  iniciados.
Um novo feudalismo mas muito mais rentável, insidioso e global.
E balindo, no calor cadente dos corpos encostados, lá vai o imenso rebanho de mansos cordeiros a tropear para a ara. E já nem carecem de cajado, pastor ou cão de guarda. Robotizaram-se e perderam a noção do sul ou do norte… Basta-lhes um dedo hirto a ordenar: “Vão por ali!” E o rebanho, feliz na sua acefalia ruminante corre e esmaga a solitária voz inconformada que ainda, sem forças ousava sussurrar: “Não vou por aí!”,
 
 

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