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Paulo Neto
Foi agora divulgado pelo programa Repórteres sem Fronteiras uma arrepiante realidade que decorreu durante a guerra da Bósnia e Herzegovina (1992/1995).
A existência de snipers não militares, milionários oriundos de vários países, que pagavam montantes elevadíssimos aos poderes locais para irem fazer tiro ao alvo a seres humanos.
Segundo os dados obtidos e confirmados no Tribunal Penal de Haia, estes atiradores terão abatido 285 civis, dos quais mais de 60 crianças.
Entricheirados em prédios de vários andares, pago o tributo aos militares e mercenários, começavam o seu “safari” disparando sobre cidadãos em fuga, alvos a descoberto, sem possibilidade de defesa.
Estes atiradores furtivos serão, decerto, milionários entediados, sanguinários e demoníacos que praticam actos desta natureza como um desporto, tal como o ténis, o golfe, as corridas de automóveis, as caçadas em África, etc.
Decerto serão subgente muito doente, com patologias incuráveis e do foro psiquiátrico. Serão anormais sem quaisquer requisitos humanos. Serão bestas desprovidas de quaisquer preceitos morais. Serão criminosos assassinos ao abrigo da lei da guerra. Serão tudo isso e muito mais, pois faltam-nos as palavras para os qualificar. A eles e àqueles que a troco de dinheiro deram azo e cobertura a este tão macabro e letal desporto.
Em definitivo, deveremos reflectir acerca de um mundo que permite que tais actos aconteçam, pois eles são a causa de vários efeitos, entre eles a devastadora decadência de uma civilização que permite a emergência de tais algozes os quias, a pretexto de divertimento vão à guerra matar inocentes, escondidos atrás de uma muralha de cimento e a centenas de metro de distância de seus alvos.
(Foto DR)
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