Os “brincalhões” dos combustíveis

Se a subida dos preços dos combustíveis se reflecte naturalmente sobre tudo que é transportado, desde o pão aos legumes, à carne, ao peixe e sobre outros produtos de primeira necessidade, a correlação com a banca, se nos deixa perplexos, deixa-nos também indignados.

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  • 13:44 | Domingo, 02 de Janeiro de 2022
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Para encher as abarrotadas carteiras de umas centenas, petrolíferas, retalhistas, gasolineiras, etc., milhões de portugueses, como era previsível, vão a partir deste início de ano pagar tudo mais caro.

De facto, o aumento incessante, reiterado, incontrolado, consentido, pérfido, dos combustíveis, semana após semana, neste já pretérito 2021, irá ter consequências desastrosas para todos nós. Mas mais, a reboque vieram aqueles cujos custos finais dos produtos que “vendem” não dependem directamente dessas abusivas subidas dos combustíveis e que galoparam a onda oportunista, calculista, liberal, das circunstâncias.

A banca, com lucros de biliões oriundos das comissões de manutenção cobradas aos clientes, são disso exemplo, como exemplo são as concessionárias das autoestradas, a Via Verde, a EDP e tantos outros.

Se a subida dos preços dos combustíveis se reflecte naturalmente sobre tudo que é transportado, desde o pão aos legumes, à carne, ao peixe e sobre outros produtos de primeira necessidade, a correlação com a banca, se nos deixa perplexos, deixa-nos também indignados.


Essa banca que, de mãos dadas com os políticos, se alcandorou, pelas piores práticas, a cancro social gerador das maiores calamidades económicas nacionais: BES, BPP, BPN, etc.

Essa banca há muito engordada com os dinheiros dos contribuintes portugueses, na sua agiota avidez, actuando impunemente num mercado pouco controlado, no qual nem sequer o banco público, a CGD, consegue sofrear a sua cupidez, na incessante senda do lucro fácil.

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Publicado em Editorial