Nada nos admira vindo do Chega. João Tilly é o líder da distrital de Viseu desse partido.
O tal que invoca pressupostos éticos e morais para afastar quem pode vir a ser seu adversário ou a fazer-lhe possível sombra.
O tal que se arvora em flor de cheiro para ajuizar sobre os outros.
E ajuizar sobre os outros, sem espelhos onde possa reflectir a sua imagem, é fácil de fazer, principalmente nas redes sociais, exorbitando sobre a verdade dos factos e adaptando-a às conveniências de momento. No que aliás não está só, mostrando ser um excelente discípulo do “4º pastorinho de Fátima”.
Costa, o diabo que o Chega tanto teme, decerto estará ligado às profundezas dos infernos e a Belzebu que, através das novas tecnologias, lhe dita o teor das intervenções. Claro está que se tal se passasse com o seu “chefe”, o interlocutor só poderia ser a Nossa Senhora de Fátima, a quem ele e o compincha Salvini vão em peregrinação rezar o terço.
Sem duvidar da religiosidade destes dois, que rezam com as câmaras da tv atrás, de lado e à frente, o que achamos bizarro são os métodos do senhor Tilly, que talvez estremunhado, de súbito, viu uma possível conspiração num sussurro de João Cotrim, fruto de um “auricular da cor da pele” que Costa, maquiavelicamente usa para as suas satânicas profecias.
O que de facto terá sido um lapso numérico que o seu interlocutor, João Cotrim amavelmente corrigiu – não são todos farinha do mesmo saco – serviu para o elucubrado Costagate da semana.
Tilly é taxativo “eu notei – perfeitamente!” E quando o Tilly nota, e com tal certeza e perfeição, não há volta a dar-lhe. Mandar Costa ao otorrino é o mínimo para a remoção do auricular/chip pérfida e danosamente usado.
A que horas do dia terá Tilly notado a conspiração?
(Fotos DR)