O regabofe dos combustíveis

Por cá, os combustíveis abundam nos depósitos das petrolíferas (ou da petrolífera…), comprados a bom preço, armazenados e, agora, com as restrições da OPEP, com o pretexto dado para a especulação, para o aumento desenfreado dos preços.

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  • 8:25 | Sábado, 15 de Outubro de 2022
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Em França, as greves no sector dos combustíveis, pela melhoria salarial dos trabalhadores, arriscam de paralisar a economia.

A maioria das gasolineiras estão “fora de serviço” por falta de gasolina e gasóleo. As pessoas não conseguem deslocar-se em viatura, os transportes públicos e colectivos não dão resposta às necessidades. A França entope…

Os franceses com sorte, após passarem 3 ou mais horas numa longa fila, acedem, na melhor das hipóteses, a abastecer 10€ de combustível. Ou na pior, a chegarem às bombas e depararem com o painel “hors service”.


Instalado está o descontentamento generalizado. Macron faz requisição civil para suprir as necessidades. O assunto não está resolvido e a plausível hipótese será, efectivamente, de aceder às reivindicações do sector.

Por cá, os combustíveis abundam nos depósitos das petrolíferas (ou da petrolífera…), comprados a bom preço, armazenados e, agora, com as restrições da OPEP, com o pretexto dado para a especulação, para o aumento desenfreado dos preços.

 

Lembramos que é rara a semana em que os preços destes produtos se mantêm “estáveis”, pelo contrário se verificando a sua recorrente, inqualificável e despudorada subida.

E a prová-lo, como já tivemos com a apresentação de contas das petrolíferas com lucros estratosféricos, no final do ano teremos o teste do algodão e, decerto, constataremos dos “benefícios” da brutal subida que tem provocado a desregulamentação da economia nacional, com a consequente escalada dos preços em todos os sectores de produção.

Em resposta firme, devia avançar de imediato a tributação sobre lucros extraordinários, e com mão pesada, a mesma garra pesada que a(s) petrolífera(s) tem/têm sobre a depauperada carteira de todos os portugueses. Mas a coragem…

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Publicado em Editorial