Boa questão… Responda quem sabe e lá anda metido dentro.
O PS tem atitudes de uma inabilidade política confrangedoramente estarrecedoras. Não é a primeira vez nem decerto será a última, mas argoladas como aquelas que ontem expôs António Costa à chacota vulgar da líder do CDS-PP, eram evitáveis.
Certo é que um primeiro-Ministro de Portugal não tem que preocupar-se com uma recolha de assinaturas de um documento dos elementos da concertação social. Mas deixar essa recolha cair no esquecimento, é mau de mais.
De repente, alguém deve ter dado conta de ser o dia de levar o documento a Plenário, sem o terem ratificado pelos signatários. Então, mandam um estafeta a correr, à lufa-lufa, de Ceca para Meca, a solicitar os autógrafos.
Claro que mal chegou, por exemplo e eventualmente à CAP, onde Cristas deve ter deixado muito “afilhado“, logo “un coup de phone” de um qualquer alcoviteiro a avisou do “crime”.
Este bacoco amadorismo há-de ter um rosto. Pois péssimo seria que o PS não tivesse uma coordenação no âmbito da logística e da estratégia política. O pior é que, seja lá quem for o responsável– será Ana Catarina Mendes? – não faz o trabalho de casa com rigor e diligência.
Mas e já agora, quem é em traços gerais Ana Catarina Mendes?
Uma advogada nascida em 1973, que é deputada desde 1995, na VII Legislatura, até aos dias de hoje, pelo círculo eleitoral de Setúbal. Ou seja, desde os 22 anos que tem um métier político.
Tem por obrigação conhecer bem a casa, em S. Bento. E o PS, onde é secretária-geral adjunta. Tem por dever conhecer bem a casa, no Largo do Rato.
Estes 22 anos de carreira pública decerto lhe concederam experiência e competência. Capacidade estratégica e grande sentido de orientação logística. Conhecimento de toda a estrutura partidária. Saber o “who is who” de olhos fechados. Não temos a mínima dúvida.
Provavelmente, Ana Catarina Mendes nem será a cabal responsável das sucessivas argoladas políticas deste Governo. Mas lá que tem responsabilidades nelas, não parece haver dúvidas.
Por isso, curial era que não fragilizasse(m) com deslizes irresponsáveis, um governo já por si fragilizado por vários factores e em necessidade constante de consensos e acordos no “fio da navalha”…
E já agora, que tentasse(m) conhecer um pouco do que se passa pelas distritais do país. E agisse(m).
E soubessem ver o que as fracas lideranças fazem nas estropiadas tropas. Que será das próximas batalhas…?