Com a elegância que já é cunho e dígito do estilo de Fernando Ruas, em declarações ao Diário de Viseu e acerca da controvérsia sobre o protocolo de apoio à AHBVV, que em 2022 baixou de 75.000€ para 40.000€, referiu: “O presidente não se queixou quando assinou o protocolo a semana passada”.
Referia-se a Carlos Costa o qual, pelas suas palavras, terá ficado mais que conformado com o facto, até conjecturalmente satisfeito.
Nas mesmas declarações, Fernando Ruas acrescenta que a CMV terá feito “O pagamento da operação dos bombeiros na Feira de S. Mateus”. Por si só tal pagamento esclarecerá e pretextará essa mesma diminuição de quase 50%? Porém, ao que cremos saber, os BVV foram fazer um serviço de segurança, noutras edições entregue à Cruz Vermelha Portuguesa, ao qual corresponde uma remuneração específica. Logo, este pagamento de um serviço nunca justificaria a diminuição do subsídio anual.
Não contente com as justificações invocadas – quem muito se justifica tem “pedra no sapato” – refere ainda que aos BVV foi feita a “Atribuição da receita do Dia dos Bombeiros na Feira de S. Mateus.” Ora esta dotação ou regalia, como tal noticiada, se afinal foi feita para minorar a redução do subsídio, esvazia-se de sentido. Estamos a tirar de um lado para pôr noutro, numa espécie de bizarra e ambígua prestidigitação ou ilusionismo.
Porém, a frase de Ruas acerca do presidente da AHBVV não é simpática, quase se podendo apodar de “frase assassina”, pelo deplorável paternalismo, destrato e subalternidade que confere ao presidente de uma mui digna instituição viseense a quem todos nós devemos reconhecimento ao invés deste boçal tratamento.