A propósito de um filme “pirex”, na sua 10º edição, que decidiu vir filmar uns “takes” à Lusitânia, de Vila Real a Viseu se toaram loas pelo grande acontecimento, pelo “fast and furious” evento.
Dizem uns que vai trazer muito dinheiro à região, encher camas de hotéis, mesas de restaurantes e etc. e tal. Dólares a rodos…
Outros juram a pés juntos que vai ser emocionante presenciar ao vivo os grandes cowboys da estrada, ouvir o ronco estonteante dos motores, assistir às mirabolantes manobras a 200 km/h.
Pois, todos terão razão. Há sempre um 3º mundo de pernas escancaradas para acolher o circo.
Com piada, no fundo, apareceu aquele post nas redes sociais onde se vêm os condutores/actores com um ar angustiado e sofrido ao depararem com mais uma “rotunda”, que ninguém ignora ter sido a mais bem sucedida obra, em 24 anos, do autarca Fernando Ruas, tornando-as numa “marca” de Viseu, num seu ex-libris e, concedendo até ao imaginativo edil o epíteto carinhoso de “Fernando Rotundas”.
Por isso, “velocidades furiosas”, em Viseu, Vouzela, Vila Real ou nas Berlengas nada trazem que nos espante. Provavelmente até, o realizador e o produtor do filme já teriam ouvido falar de Viseu e, com todos estes “street racers” (escrevo em inglês porque agora é chic…), nem precisarão de trazer duplos caríssimos dos EUA, recrutando-os aqui ao preço da uva mijona.
E agora andem para aí a dizer, injustamente, que Fernando Ruas não tem uma política cultural séria, polivalente, espampanante, pioneira, inovadora e veloz… Até o Sobrado se rói de inveja!
(Foto dr)