O Portugal do Costa

Ou então, talvez todos nós tivéssemos lido mal o documento gizado pelo iluminado António Costa e Silva, e o tal plano seria de RECUPERAÇÃO para o litoral e de RESILIÊNCIA para o interior. Que o mesmo é dizer, o tiro da “bazuca”, enculatrada com biliões de euros, não dispara a 180º mas sim, em linha recta do Minho ao Algarve, junto à orla marítima.

  • 16:22 | Quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2021
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Portugal tem um formato rectangular, com um comprimento máximo de 561 quilómetros entre Melgaço e o cabo de Santa Maria e uma largura máxima de 218 quilómetros da foz do Neiva até Miranda do Douro. Tais dimensões darão, acertadas as cotas, 92.212 km2 de superfície.

É para toda esta extensão que o primeiro-ministro António Costa deveria olhar, imparcial e igualitariamente.

O que não será a verdade confrontada com o seu PRR, ou Plano de Recuperação e Resiliência.


Ou então, talvez todos nós tivéssemos lido mal o documento gizado pelo iluminado António Costa e Silva, e o tal plano seria de RECUPERAÇÃO para o litoral e de RESILIÊNCIA para o interior. Que o mesmo é dizer, o tiro da “bazuca”, enculatrada com biliões de euros, não dispara a 180º mas sim, em linha recta do Minho ao Algarve, junto à orla marítima.

Ou seja, Costa pegou numa régua, traçou um risco vertical de Norte a Sul, de Lisboa para dentro, num máximo de 40 quilómetros e num rasgo de mestre, só deixou 178 X 561 quilómetros de fora, o tal interior a quem, antes do fatal fim é pedido resiliência.

Andaram para aí uns movimentos de luta pelo interior. Muito propalados deram em coisa nenhuma, à portuguesa…

Talvez chegado fosse o tempo de se criar um MAI, Movimento Autónomo de Portugal, que começasse de base todo o processo de afirmação do Interior, o qual, apesar da orfandade, ousasse um porvir melhor, o de enjeitado, mas pugnando por um presente e futuro com igualdade e dignidade.

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