O CEO (ou lá como se diz) do Novo (?) Banco, António Ramalho, com o seu arzinho de jesuíta penitenciado, periodicamente vem às têvês dar umas explicações confusas, num linguarejar economês pouco perceptível e adornado de algum nervosismo.
Pudera! Vem pedir mais umas centenas de milhões. Mas nem era caso para nervosismos. Já devia estar habituado na recorrência do acto. Afinal só vem requerer mais 600 e tal milhões. Coisa de pouca monta para quem já levou para cima de 7 mil milhões…
Se a Lone Star Funds, big boss da coisa, o tal fundo USA que comprou (comprou?) o Novo Banco, exige, como numa sangria desatada, novas e crónicas injeccções de capital, há que lhas dar.
E o Fundo de Resolução (afinal o que é isto para 10 milhões de contribuintes?) paga, paga, paga… Ou pagamos nós todos, de uma forma ou de outra, e nem “bufamos”.
A seguir vem o actual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, num discurso dez vezes engasgado, dizer que é preciso cumprir os acordos. Quais acordos? Quem os firmou? Ah, creio ter sido aquele fulano de Mangualde, um tal Sérgio Tavares, que foi secretário de Estado de Passos Coelho. Onde estará ele agora? Que doiradinha sinecura lhe terá sido consignada?
O “paga-Zé” sistemático para encher os odres sempre vazios da banca, começa a ser algo fétido, com contornos muito nebulosos e sem termo à vista.
Pois, mas assim haveria alguns que ficariam a perder. Quem? Os facilitadores do costume, por outros ditos “vendilhões do templo”. Afinal, os políticos do “negócio”…