A cada dia que passa, de forma vertiginosamente galopante, vemos o mundo a apresentar-se com inesperadas realidades diferentes. E se tal é gravíssimo, preocupante é também a incapacidade do Homem acompanhar esta evolução / regressão tão pouco natural, se bem que provocada pelo seu agir, na sua desenfreada ganância e inconsciente acção.
As abruptas e brutais alterações climatéricas são a ponta do icebergue. Secas fatais, inundações letais, inusuais temperaturas baixíssimas, temperaturas elevadíssimas de 50º, subida do nível das águas do mar provocada pelo degelo, desmatação na Amazónia, aumento do carbono, assassina poluição dos oceanos, que em 2048 terão mais plástico do que peixes, chuvas ácidas, ecocídeos em massa, etc., etc., etc.
Tudo isto agravado pelo maior surto pandémico que a humanidade sofreu, talvez também ele e o seu vírus fatal, consequência correlata de todo este apocalipse.
O ser humano assiste incrédulo a esta mutabilidade ou mutação acelerada e as suas estruturas mentais, as suas defesas, atónitas e perplexas, têm uma enorme dificuldade em encarar esta nova realidade que quotidianamente se apresenta com diversificadas formas e, com a certeza do pior que está para vir.
As ofensas que o Homem fez e faz à Natureza, a poluição, a destruição dos ecossistemas… estão agora a ter resposta, com o planeta a apresentar a dura factura.
Pelo bem do amanhã, pela Terra que os nossos descendentes herdarão, há que parar de fingir que estamos na “wonder land”, quando já não estamos senão à beira da maior calamidade de todos os tempos.