Poderosos com as sofisticadas armas, na arrogante e criminosa forma de matar civis, idosos, mulheres e crianças, enquanto barbaramente vão arrasando as cidades da Ucrânia, umas atrás das outras, os governantes russos, cientes de que afinal esta invasão não eram figos contados, começam a disparar através da comunicação social.
Controlando todos os meios de comunicação, jornais, rádios e televisões, acabou por proibir aqueles que estavam fora do alcance da sua censura, nomeadamente as redes sociais, FB, Twitter e Instagram, depois de bloquear os sites independentes Ekho Moskyy Radio, The Village, TV Rain, Taiga, Doxa, etc., deixando espaço único de difusão de notícias a órgãos alinhados como o Sputnik e a RT/Russia Today, levando Josep Borrel, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança a escrever: “As ações sistemáticas de manipulação de informações e de desinformação por parte do Kremlin são usadas como instrumento operacional na sua agressão à Ucrânia.”
Estes actos censórios próprios das mais cruas ditaduras são a mais evidente prova de que a verdade não assiste ao governo de Putin e que os seus actos devem ser a todo o custo ocultados do povo russo, diariamente bombardeado com a desinformação e as “fake news”, do tipo das usadas pelo ministro da propaganda nazi, Joseph Goebbels, entre 1933 e 1945.
Enfim, esta escalada de insultos teve o seu ponto mais duro e agressivo quando Biden acusou Putin de ser “um puro bandido” e um “ditador assassino” (…) “a travar uma guerra imoral contra o povo da Ucrânia”, numa linguagem que não nos lembramos de ouvir saída da boca do líder de uma das maiores potências mundiais contra outro líder de igual quilate, evidenciando a ruptura total entre ambos e o completo fracasso da diplomacia.
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