Que o mundo viva momentos de profundo desconserto é coisa, que nós humanos, não devamos estranhar.
De toda a fauna existente, o homem, o único ser racional, tem demonstrado uma incomensurável competência para a destruição, asneira, imbecilidade, corrupção, mentira, vileza, monstruosidade, ignorância, cupidez, desprezo, crueldade, ignomínia, indiferença, ambição, depravação, repressão, ódio, opressão, supressão, idiotia, dissimulação, traição, insensatez, deslealdade, maquiavelismo, desvergonha, abjecção e… etc.
É natural encontrarmos mais qualidades em alguns seres irracionais do que neste ser dotado da capacidade de pensar, logo de racionalizar e ponderar o alcance dos seus actos e atitudes.
Neste carrocel de loucura, em qualquer latitude dos 4 pontos cardinais, encontramos as multímodas consequências desta lista infinda de “predicados”.
“O homem bom”, o que quer que isso seja e signifique, é olhado de revés pela turbamulta de imbecis incensados de bestialidade. É marginalizado e é aniquilado das mais diversas formas, qual delas a mais letal. Até pela sua anulação social, profissional e humana.
Os tempos da selva, primitivos, eram de uma candura incomparável aos da hodiernidade.
Com a evolução do conhecimento deu-se um fenómeno estranhíssimo de regressão dos comportamentos e de explosão dos instintos mais vis e primários do ser.
Assistimos hoje, por toda a parte, à insanidade e brutalidade de núcleos emergentes, explosivos, ditados do poder político, poder material e radicalismo comportamental, a nível ideológico, religioso, étnico…
O mundo tornou-se num caldeirão imenso onde, a lume brando, vão cozendo todas as malevolidades da humanidade. Atingir-se-á um ponto do não retorno, em breve, de fervura tal que as comportas desta caixa de Pandora soçobrarão perante a enxurrada apocalíptica que a calda ebuliente já deixa antever.
Pessimista? Oxalá me engane….