Basta um curto passeio pelo centro e zonas adjacentes da cidade de Viseu para perceber o que se prepara num futuro próximo com o estacionamento urbano.
Por toda a parte se limita o aparcamento aos utentes, até em zonas pagas e, por contrapartida, se concede à larga, por mero exemplo, a “cargas e descargas” mesmo e onde nada há para carregar e descarregar, para comércios mais carenciados de clientela do que destas “invencionices”.
Também a certas classes profissionais, em detrimento de outras e numa falta censurável de critério. Ou se quisermos, o critério da rasteira subserviência ao voto, também aqui bem evidente. Atente o leitor nas placas…
Em contrapartida é de louvar a criação de mais espaços para cidadãos portadores de deficiência e com mobilidade reduzida.
Deste cenário se passará em breve à irradiação do aparcamento pago para as periferias, por forma a responder à exigente avidez dos concessionários, aos questionáveis contratos firmados e ao saque, uma vez mais, às carteiras depauperadas dos munícipes, que em derradeira instância terão que ser, ainda por cima, os pagadores de todos os despautérios e ataques contra eles perpetrados.
Por isso, caro leitor, qualquer dia se quiser estacionar em Gumirães, Abraveses ou Marzovelos, à porta de sua casa, não estranhe se tiver que tirar o ticket na máquina mais próxima.
Almeida Henriques prepara-se para implementar a imperiosa necessidade dos silos auto, que já terá vendido a um grupo espanhol. Para isso, há que escassear espaços de estacionamento de superfície, cobrar por eles e remeter para os “buracos” que irão perfurar a cidade a torto e a esmo.
Tudo isto, no fundo, já pouca admiração gera. Insere-se num recorrente “modo de agir” a que Almeida Henriques nos habituou e pelo qual se percebe que nada tem a dar a Viseu e aos seus munícipes. Antes tem porfiado a tirar…