Tópico(s) Artigo
-
Paulo Neto
Como milhões de portugueses somos consumidores de gasóleo e de gasolina, pois ainda não ganhámos para o carro eléctrico e temos algumas dúvidas ainda não dissipadas sobre baterias, lítios e quejandos.
Hoje atestámos de gasóleo, o que fazemos, em média, uma vez por semana. Sem gastarmos do low cost, temos o cuidado de procurar a marca que melhor preço oferece.
Não temos, como milhões de portugueses, é o hábito de nos quedarmos a olhar para a factura paga.
Desta feita foram 35,20 l. O total da factura foi de 49,60 €. Mas o que pagámos efectivamente em gasóleo, com o lucro de quem produz e vende incluído, foram 22,27 €.
Então como esportulámos mais do dobro? É simples, está no papel, basta ter olhos de ler:
9,27 € de IVA a 23% direitinhos para os cofres do Estado.
18,06 € de ISP – Imposto sobre Produtos Petrolíferos – a 0,513 € por litro.
Ou seja, 27,33 €, mais de metade dos 49,60 €, volatilizaram-se em impostos.
Esta carga fiscal absurda, coloca-nos em 3º lugar com a gasolina mais cara da Europa e em 6º lugar com o gasóleo mais caro da Europa. Face a países com um nível de vida muito superior ao nosso, com salários latamente distanciados dos nossos.
A título de mero exemplo, 1.108, 3 € é o salário mínimo em Espanha, no Luxemburgo é de 2.201,9 €, 1.593,81 € na Bélgica, na Holanda é de 1.635, 60 €. Em Portugal sendo de 740,83 €…
Acresce que e segundo dados do BdP, a nível de exemplo, em Setembro de 2020, foram consumidas 82,2 mil toneladas de gasolina. Relativamente ao gasóleo, foram consumidas 384,7 mil toneladas no mesmo mês do ano.
O que, convenhamos, dá para perceber que este sector é para o Estado o dos ovos de ouro e, para o contribuinte pagador, a desgraça da sua magra carteira.
Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Copyright © 2024, Rua Direita . Todos os direitos reservados.