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Paulo Neto
No Ministério da Administração Interna parece não se saber quem é quem na estrutura de decisão e na pirâmide da hierarquia. Em suma, parece não haver pulso nem ordem na casa.
Eduardo Cabrita tem um fim de ano difícil, com o terramoto gerado no SEF com o presumível assassínio do ucraniano Ihor por 3 inspectores desses serviços.
A directora do SEF entretanto demitida, Cristina Gatões, mostrou não estar à altura das circunstâncias e na sua indiligência acabou por arrastar a tutela para uma malévola ribalta. Mas parece que já foi recompensada com um cobiçado lugar na embaixada de Portugal Londres…
Depois aquela história de “eu apresentei condolências tu é que nas as recebeste”, que nos mostrou um cônsul esquecido e uma embaixadora da Ucrânia arrogante quando encurralada pela comunicação social.
Agora, como se nada mais faltasse, o director da PSP, Magina da Silva achou que devia ir dar um livrinho ao Presidente da República, talvez de prenda de Natal, aproveitando o ensejo para discutir com o mais alto magistrado da nação a fusão SEF/PSP. Conversa essa logo transmitida à saída aos jornalistas.
Claro está que o chefe Magina, na sua inexperiência política e sede de protagonismo, não percebeu as consequências do seu acto.
Claro está que o habilíssimo presidente da república não deveria discutir estes assuntos com um subordinado do MAI.
Claro está que Eduardo Cabrita não gostou.
Claro está que logo veio afobado comunicar que as reformas no SEF não são anunciadas por um director da polícia, dando assim um doloroso puxão de orelhas a Magina da Silva que, ainda assim, na sua gulosa inoportunidade, causou a Eduardo Cabrita danos muito superiores…
(Foto DR)
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