A fama vem de longe, da autoridade tributária, enquanto director-geral dos impostos, lugar onde ficou conhecido como “cobrador de impostos “, no tempo de Durão Barroso, e pela polémica com a sua elevadíssima remuneração de 23 mil euros…; do ministério da Saúde do governo de Passos Coelho e Paulo Portas, de onde saiu apodado pela CGTP de seu “coveiro”, pelas amplas reduções de efectivos (que ainda se estão a pagar na qualidade dos serviços prestados); e agora, como ficará ele conhecido enquanto CEO do banco público, onde se prodigaliza como um nababo a dar milhões de lucro aos accionistas, Estado incluído, usando para isso as mais controversas estratégias?
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Desde aumentar taxas de manutenção de conta à ordem, a pagar juros irrisórios aos fiéis depositantes, aumentar os custos com cartões e transferências até, e isto afigura-se-nos mais grave, a encerrar agências por esse país fora — só agora foram mais 30 — despedindo e reduzindo o número de funcionários, com a consequente quebra de qualidade no atendimento e nos serviços, até à manutenção do sistema (por vezes lesivamente inoperativo, ademais sem qualquer explicação pública) e das máquinas multibanco assiduamente “em panne”, carecidas de manutenção mais amiúde que o efectuado e desejado, etc.
E porém, Paulo Macedo, imparável, inamovível, continua na sua porfiada e assanhada senda “destrutiva”.
Da parte do governo, talvez por secretas solidariedades “fraternas”, (quem sabe?) não se ouve nem um pio, mesmo se consciente do crescente descontentamento de centenas de milhares de utentes do banco público.
António Costa, ao manter este insaciável burocrata no posto que ocupa, bem pode esfregar as mãos de contente com os lucros obtidos, mas oxalá não venha a serrar os punhos de contrita raiva pelos votos perdidos.