O Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) tem sido um polo catalisador de doentes… de jornalistas e de políticos.
Os doentes, recorrem a ele com o mal no corpo e a esperança na mente. Sabem que ali encontrarão fantásticos profissionais de saúde que, com um enorme espírito de missão, devoção e dedicação tudo farão para os curar, para os salvar.
Os jornalistas acorrem a ele para fazer a notícia do dia. Não interessa que seja em busca do inferno ou do paraíso. Há que criar conteúdos para os canais sedentos deles e para o público que busca informação, ou sensação.
Os políticos procuram-no em busca de uma falha, de um erro, de uma promessa incumprida – as cumpridas já não interessam – também eles buscando conteúdos para dizerem: “Eu estou aqui!”. Mesmo aqueles que noutras latitudes, médicos-políticos, se voluntarizam para, depois, em frente às camaras, ar pungido e discurso dorido e trágico, virem carpir a dor envolta em retórica da agenda parlamentar.
Tempos novos. Retóricas em mixt de angústia, intuição, palpite e sensação para o minuto de glória. A todo o transe, custe o que custar, mesmo à custa do sofrimento dos outros e da dedicação dos puros.
Mas 50 mil para quem gastou milhões em festarolices sem proveito, representam afinal o quê?
Os munícipes que pagam em impostos o dinheiro que a autarquia gasta, não lhos merecem? Este duvidoso “filantropo” do “já nos custou 50.000” será capaz de explicar este “nos”? Pagou do seu bolso?
Tempos de cinza e cal. De protagonismos lorpas e de atitudes bacocas…