ca·ta·-ven·to
(forma do verbo catar + vento), substantivo masculino
1. Lâmina ou figura enfiada numa haste, geralmente colocada no alto dos edifícios, que indica a direcção do vento.
2. Brinquedo constituído por uma haste em cuja extremidade há uma estrutura de papel ou afim com forma de moinho de vento.
3. [Figurado] Pessoa volúvel.
António Almeida Henriques assemelha-se cada vez mais a um “catavento”. Mas a um catavento que, de acordo com o soprar de Éolo, assim se orienta e posiciona para não navegar de vela panda.
Até se pode inferir um henriquino circunstancialismo náutico, ou até, in extremis, volubilidade.
É cómoda a postura, trata-se da síndrome do “praticamente”, advérbio de modo que relativiza tudo e mais alguma coisa. Viseu é a melhor cidade para viver. Praticamente.
Se a qualquer temerária afirmação das muitas que profere e escreve acrescentar o “praticamente”, nunca ninguém o culpará de algum “inconseguimento”, de alguma indiligência, incúria, incapacidade…
Também há quem lhe chame “jogo de cintura”, uma extraordinária capacidade de dançar síntono com a música de ocasião.
Talvez por isso, ontem, à Lusa disse coisas extraordinárias sobre o aeródromo local, muito tempo aspirado como o “Aeroporto Internacional da Muna” (AIM).
Meras manobras de diversão sabendo quão curta é a memória humana, quão encomiastas são os órgãos de comunicação locais, quão alheio e distante se vai tornando o cidadão comum da atoardice do seu agir.
Mas sabendo mais: que não há dinheiro para as suas estonteantes ilusões (ou as do Sobrado), mesmo não dizendo quantos milhões de euros/ano custa ao erário público a passagem do seu aviãozinho favorito pelos cerúleos céus desta terrinha…
Ler aqui…