Enquanto alguns candidatos, de diferentes partidos, se esforçam “gloriosamente” por contactar com o eleitorado (de vez em quando lá tem que ser…) outros há, que olimpicamente se presumindo como “deusesinhos”, semi-engulhados por não encabeçarem a lista do seu partido (presunção e água benta toma-a quem quer), na certeza de que o 7º cume do Evereste é o único pico onde lhes convém poisar, se afastam sorrateiramente prontos a colher a sementeira de outrem.
Ademais, cientes de que o lugar de deputado está mais que certo, com o 3º degrau ocupado, para quê andar no apostolado da propaganda, gastando sandália junto ao Zé povinho?
De vez em quando lá deitam a cabecinha de fora e então aparecem num sítio desempoeirado e abrigado, como a Escola Superior Agrária de Viseu, eventualmente ao lado do mais forte candidato da oposição e de crista bem erguida, sorriso finório a matutar: “Eu só com estes ombreio!“
Há que tempos falo nos “ungidos dos deuses”… nos “rosa” esta rapaziada é cíclica e sucede-se sob formas de “famílias”, num irmanado corporativismo sem igual. Vieram para a política porque a acharam “estimulante“, porque se acharam fadadas para ela, porque se crêem missionários da evangelização, não ideológica, mas sim da circunstancial oportunidade.
No dia 6 de Outubro, à noitinha, estarão a festejar erguendo a “flûte” ao espelho e auto-piscando-se o rútilo olhinho, murmurarão:
“Eu não te dizia, pá… Foram ginjas. És o maior!”
Paulo Neto