É sistémico, como agora se diz… o autarca-mor viseense, com especial incidência nos meses que antecedem eleições, planta lonas por tudo quanto é sítio.
Inaugurou assim uma nova forma de fazer política. Não executando as obras prometidas por se ter gasto o dinheiro em vãs folias, mas erguendo autênticas “obras de arte publicitárias” a repetir que as vai fazer. Em lona.
Os latinos diziam “bis placenta repetita”, aquilo que é repetido agrada. Talvez seja fundado nesta asserção que as exibe. Talvez seja este, afinal, o seu lema.
Porém, de tanto repetir a inércia arrastada “do estamos a fazer” e nada se vendo para além dos “cortinados”, o autarca arrisca-se a que já ninguém acredite nas suas promessas, afinal, em lona lavradas.
E se analisarmos por alto o sintético e astuto discurso que as lonas alardeiam, do tipo: “Estamos a reabilitar o nosso bairro municipal…” bom é de ver que a equipa camarária de comunicação / publicidade, se esforça nestes plurais majestáticos, por incluir o autarca, nesta 1ª pessoa do plural – eu e o colectivo – no uso do possessivo “nosso” e por aí adiante.
Nada fica ao acaso. Só a obra propriamente dita. E até há quem diga que o dinheiro escasseia, que os muitos milhões que as lonas anunciam não existem. E que até os muitos milhões pedidos de empréstimo à banca com pagamento a 20 anos, já se esfumaram no sorvedoiro habitual.
Talvez afinal esteja é mesmo “nas lonas.”
Ou então, as obras serão todas para inaugurar, em catadupa, no mês que antecede as eleições, ou seja, aí para Setembro de 2021…