Estas são as três palavras de ordem mais ouvidas nas manifestações em Teerão, proferidas por milhares de jovens indignados, saturados, asfixiados pela falta de liberdade que se faz sentir no seu país, o Irão.
Mas a palavra que mais se ouve, gritada até à exaustão é “Azadi, Azadi, Azadi”, Liberdade, Liberdade, Liberdade…
Dizia hoje às minhas formandas de Francês NS que a Liberdade é como a água corrente ou a electricidade em nossas casas. Só lhe damos valor quando delas estamos privados.
É um valor sem preço, a liberdade. Até mesmo e quando as democracias a usam e abusam no sensacionalismo dos conteúdos a (re)editar.
E se a CS anda ávida de sensacionalismo, muito em voga e a par com a regente “yellow press”, os partidos políticos, esses, esganiçam-se histriónicos quando lhes é deitado um osso às fauces..
E vale tudo, desde a descontextualização das afirmações proferidas até ao desmesuramento, horas a fio, da passagem de uma frase polémica, mal-entendida, desvirtuada, talvez até um pouco “gauche”.
Daí em diante, rufam os tambores, troam as trombetas… é forçoso dar ao povo o que ele reclama, sangue, por falta de pão.
Pode ser a ti Mariazinha que mandou com um chicharro de quilo à cabeça da vizinha, ou, até, o presidente da República descuidado numa frase. É igual.
Mas isto é também a prova inquestionável da liberdade de expressão que só existe nas democracias plenas. Aquelas onde os direitos de alguns são, até, desproporcionados com os seus deveres, com a sua ética, com os seus códigos de conduta.
Mas, como dizem os gauleses: “Tournez manège!”… que o carrossel não pare na volúpia das suas estonteantes reviravoltas.